Cartas a Engels

 

 

Azedo Gneco

Azedo Gneco (*)

 

 

 

Amigo e companheiro Engels:

 

Deve estar admirado de há muito tempo não receber notícias minhas. Mas o seu espanto cessará desde que lhe explique a causa do meu silêncio:

 

À custa de muito sacrifício consegui alcançar alguns conhecimentos científicos. Mas como o tempo era pouco para me entregar a um certo número de estudos que muito me interessavam só de leve aprendi algumas línguas apenas para poder compreender os livros que tinha a consultar. Assim compreendo os idiomas espanhol, francês, inglês e italiano; falo regularmente o espanhol, balbucio o francês e o inglês e não articulo sequer o italiano apesar de ser este o idioma que melhor deveria falar por ser o do meu pai. Escrever porém só o sei fazer em português.

 

Quando reorganizei a Int. consegui que fosse nomeado para o Conselho o único de nós que escrevia o francês; mas infelizmente o homem foi expulso e eu fiquei com a língua cortada.

 

É verdade que o Tedeschi e o França escrevem bem o francês mas além de serem muito mandriões o Tedeschi está um pouco pelos republicanos federais e o França ainda se ressente das teorias da Aliança.

 

Tenho sido pois forçado ao silêncio que só agora o acaso me fez romper. Outro dia, falando com o Tedeschi este me disse, não sei a propósito de quê, que o amigo Engels numa carta que há anos dirigiu ao França lhe dizia que podia escrever em Português porque o amigo o compreende perfeitamente.

 

Ao saber que o amigo Engels sabia português exultei de alegria e resolvi escrever-lhe pedindo desculpa da minha falta involuntária e pedindo-lhe que me auxilie, bem como todos os n/ amigos de Inglaterra, da espinhosa tarefa que tenho de há anos a meu cargo.

 

Esta carta só tem por fim o saber do amigo Engels e logo que receba notícias suas lhe relatarei os meus trabalhos a (contarei) do excelente aspecto do movimento proletário português.

 

Se me pudesse enviar algumas correspondências muito me axiliaria e se pedisse a Lafargue, Larvailheur, a Marx e Odger e a todos os nossos amigos de aí para nos mandarem correspondências e consentissem que as publicassemos assinadas, grande favor me faziam, não a mim, mas à causa dos trabalhadores porque dava muita importância ao pobre periódico.

 

Logo que esta receba dê-me notícias suas e do que é feito do Conselho Geral do qual recebi há muito tempo uma carta dizendo-me que em breve me escreveria porque ia ser nomeado outro de entre os membros das federações americanas segundo o resolvido no Congresso de 72 e até hoje nunca mais ouvi falar deste.

 

Diga-me também se sabe lglésias de Espanha, cansei-me de lhe escrever sem receber resposta.

 

Enfim escreva-me breve porque se eu não tiver notícias suas dentro de 15 dias vou escrever para toda a parte a saber do amigo porque depreendo que não foi entregue esta.

 

Remeto três números de «O Protesto» e não vai o 1.º porque se esgotou e nem mesmo eu tenho o 1.º número porque o dei e só possuo um que é da colecção do Conselho.

 

Saúde e creia-me seu companheiro e amigo

 

Azedo Gneco

110, Rua do Bemformoso, 2.º

Lisboa, 18 de Janeiro de 1876

 

 

 

 

 

Amigo e companheiro Engels:

 

Recebi a sua estimada carta que me veio encontrar gravemente enfermo com uma bronquite de que ainda não estou inteiramente restabelecido.

 

Graves, imuito graves, têm sido os sucessos que aqui se têm dado nas associações deste país depois da minha última carta e que passo a historiar.

 

Em 1873, depois dos graves sucessos que aqui se deram em consequência das greves, as associações operárias esmoreceram ficando inteiramente reduzidas de cerca de 20 000 filiados (1) a 200 se tanto.

 

Foi nesta ocasião que eu vi a frente do movimento que tendia a extinguir-se e inteiramente desorganizado.

 

Para fazer do s/ estado uma perfeita ideia basta dizer que ele tinha sido organizado por uma secção da Aliança que dimanava as suas utopias no seio dos nossos companheiros de forma que não só não aceitavam o movimento político mas ainda além disso não queriam militar nos movimentos de resistência porque não queriam a autoridade, diziam eles.

 

Os estatutos das associações de resistência eram uma série de tolices que favoreceram a derrota sofrida e o seu próprio desmembramento.

 

A ideia das associações de resistência era greve a todo o custo e é assim que se explica como em menos de dois anos se realizaram mais de 50 greves de diferentes ofícios (2). Greves por tudo e em todas as circunstâncias.

 

Enquanto a vitória foi fácil atendendo ao pânico das classes possuidoras bem foi a associação, mas logo que se travou vigorosamente a luta cairam como caem os castelos.

 

Ao princípio agitavam-se as associações em lutas intestinas, caluniavam-se, insultavam-se, ameaçavam-se e cada qual foi para o seu lado dizendo das associações e dos homens que n'elas militavam o pior que podiam.

 

Constituiram também em 1871 uma coisa que chamavam Associação Internacional dos Trabalhadores mas que realmente não era coisa nenhuma.

 

A tal Internacional tinha por fim a Revolução Social por meio de greves. Reunia-se secretamente, recrutava os seus membros das Associações, fazia mistério de tudo e contribuiu poderosamente para a loucura de que foram vítimas.

 

A sua organização era idêntica à das associações de resistência de forma que no movimento operário neste país dava-se uma tal monotonia que anulava a inteligência mais criadora.

 

Duas associações, empregando os mesmos meios, agrupando-se da mesma forma e tendo por fim, uma a Revolução Social e a outra a redução das horas de trabalho e o aumento dos salários mas como os meios eram os mesmos o certo é que os fins misturavam-se de tropel e só via a linha traçada para as greves.

 

Em Março de 1873 já, porém, nada disto existia se não in nomine. Nas associações de resistência algumas dezenas de operários, na Internacional uns indivíduos que ali se conservavam aturados com a minha afirmativa de que tudo se havia de salvar.

 

Foi a 27 de Janeiro desse ano que eu comecei o gigantesco trabalho que ainda hoje absorve toda a minha actividade e energia - a organização da classe trabalhadora em Portugal. O meu primeiro cuidado foi reorganizar as associações de resistência para obstar à sua inteira ruína mas organizando também diferentes associações ligadas entre si por um contacto, a centralização de fundos, etc..

 

Cuidei em organizar uma associação nacional na qual os trabalhadores se agrupassem por secções nacionais que constituissem uniões nacionais de ofícios e por último a associação. Criei moldes largos e vastos onde os trabalhadores se possam mover livremente mas metódica e cuidadosamente. O fim desta associação é a resistência imediata ao capital e denomina-se Associação dos trabalhadores na Região Portuguesa.

 

Como vê falta ali uma palavra colocada entre Associação e Trabalhadores, a palavra Internacional. Contudo há uma subtileza que tem feito desesperar a muitos: é a preposição na em vez de da. O cosmopolitismo fica expresso por essa subtileza.

 

A Associação de Trabalhadores realiza pois um dos fins da nossa associação.

 

Organizada pois aquela associação tratei de continuar a minha obra e passei a organizar o movimento político.

 

Primeiro comecei por organizar uma coisa a que chamei Internacional apresentando-a ao público com o nome de Associação 18 de Março, com o carácter de uma associação sociológica.

 

Ao passo que agrupava alguns amigos naquela associação fui criando filiais noutras terras de forma que formei a federação regional de cuja organização precisava para conseguir o meu fim.

 

Os meus trabalhos eram secundados por uma propaganda activa e como fazia parte de todos os conselhos e comissões era-me fácil manejar as coisas à minha vontade.

 

Comecei a vencer a repugnância dos meus companheiros pelo genuino movimento da Internanacional propondo audazmente que se discutisse o programa da Aliança. Não faltaram defensores a esse programa, mas como eu e os meus amigos eramos mais eloquentes e estimados tivemos o prazer de ver rejeitar uma por uma todas as proposições estapafurdias do papa Bakounine.

 

Por fim vibrei o último golpe propondo por meio de um amigo meu que a assembleia descobriu a necessidade de ser constituido o partido político do proletariado socialista.

 

Que luta então se travou amigo Engels. Nunca na minha vida assistirei a um combate mais renhido.

 

O que porém me espantou foi que os antigos sectários da Aliança se colocaram a meu lado e que do meio da assembleia saísse um certo número de indivíduos proclamando-se republicanos-federais e combatendo a constituição do Partido Socialista e defendendo e propondo para se constituir um club republicano-burguês.

 

Foi necessário empregar todos os meus recursos oratórios para sair triunfante e foi preciso quebrar os laços de amizade para com os meus melhores amigos para que o partido operário se constituisse.

 

Que série de desgostos, amigo Engels, que aquela sessão me proporcionou. Desde então até hoje ainda não parou a guerra. Não há cilada que os republicanos me não armem, não há amarguras que me não tenham feito sofrer. Se a república se proclamar um dia em Portugal e forem poder um certo número de indivíduos terei que emigrar precipitadamente ou irei aumentar o número dos mártires da Revolução Social.

 

O que acabo de referir deu-se em fins de 1873. A federação vota a sua constituição do proletariado como partido político e nomeava uma comissão encarregada de elaborar o programa do Partido.

 

Essa comissão foi composta de Antero de Quental, Nobre França, José Fontana, Silva Lisboa, Felizardo Lima, J. Caetano da Silva e Azedo Gneco. Silva Lisboa e Felizardo Lima foram expulsos por canalhas e outras coisas mais, o Antero estava doente, o Fontana e o J. Caetano incapazes de elaborar o programa, eu ocupado com o movimento material do partido de forma que foi eleito relator Nobre França e adidos à comissão Tedeschi e Conceição Fernandes. O primeiro a fonte da mandreice e o segundo um bom orador e nada mais.

 

Desgraçadamente o França é rival do Tedeschi porque até hoje não apresentou senão metade do trabalho que é os dois artigos publicados no Protesto intitulados - Situação Social e Situação dos proletários.

 

Todo o ano de 1874 levei a lutar com os republicanos e com os jesuitas que me não deixaram um momento de descanso, que me destruiram alguns grupos que eu formara e que tornava a reconstruir e que eram novamente derrubados e outra vez constituidos até que a 10 de Janeiro de 1875 (do ano passado) o partido foi definitivamente proclamado e começou os seus trabalhos.

 

Tinha conseguido pois organizar uma associação que pretendeu realizar um dos fins da Internacional empregando um dos meios por ela recomendados - o movimento político.

 

A organização do Partido Socialista (que assim se denomina a associação a que me refiro) é a mais simples possível.

 

O nosso país é dividido em círculos cada um dos quais elege um deputado; cada círculo divide-se em freguesias. Pois o Partido agrupa-se por secções de freguesia que constituem tantas agrupações quantos são os círculos políticos, a federação das quais constitui o partido.

 

Logo que possa lhe remeterei cópia da organização provisória do partido assim como dos estatutos da Associação dos Trabalhadores.

 

Como porém nos podemos apresentar a público como uma associação política imagino disfarçar cada círculo ou secção com a constituição de uma associação cujo fim apresentado é derramar a instrução nas classes populares. É um meio constante de propaganda e ao passo que organizo o partido vou criando escolas que juntas às da Assosiação de Trabalhadores vão envolvendo a pouco e pouco o país. Já há três escolas criadas: uma no Porto, na Federação de Trabalhadores, outra em Lisboa na Federação Local de Lisboa e outra no círculo 65 do Partido Socialista que se denomina Grémio Operário.

 

Constituídos estes dois grupos, um que trata da luta imediata contra o capital e outro que luta contra as instituições políticas lancei as minhas vistas para o último grupo, as cooperativas.

 

As cooperativas são um movimento espontâneo o que não é conveniente desprezar mas que tem andado tão (......) que em vez de úteis se têm tornado nocivas à classe trabalhadora. Tenho já procurado introduzir nelas alguns melhoramentos e alguma cousa tenho conseguido ao passo que tenho preparado as coisas para o movimento que vou efectuar.

 

Vou tentar nem mais nem menos que ligar estes três movimentos por um pacto de solidariedade que me há-de proporcionar ensejo para continuar as reformas no movimento cooperativo, revolucionar os espíritos dos membros das Associações de Trabalhadores e por último criar um Conselho Central a estes três movimentos ficando por esta forma a Internacional constituída sob esta forma mais perfeita e logo que consiga as modificações precisas nos códigos do país e que as associações se fortaleçam se desenvolverá a bandeira da Internacional, mostrando a esta burguesia estúpida que a minha querida associação existe perfeitamente organizada neste país.

 

Eis o meu plano.

 

Depois deste longo preâmbulo vamos à narração dos graves sucessos a que me referia no começo desta carta.

 

Em Novembro do ano passado foram as eleições para os cargos municipais (comunais) e todos os partidos se enfeitaram para ir às urnas.

 

Eu dava tratos à imaginação para descobrirmos o que havíamos de fazer. Tinha já imaginado um manifesto ao país e organizar comissões encarregadas de dar caça aos golpismos eleitorais ferrando com dois ou três um ano na cadeia o que decerto levaria o terror ao seio daqueles infames que me deixariam o campo mais livre nas próximas eleições; dando a esta armadilha a publicidade do boato para que o partido inspirasse o terror (ou temor).

 

Já tinha falado nisto a alguns amigos quando uma circunstância imprevista me fez mudar de propósitos.

 

(continuarei)

 

Isto já passa as raias do razoável. Desculpe não lhe ter escrito mais mas como sou o único que aqui trabalha não tenho um momento.

 

 

Seu amigo

Azedo Gneco

Lisboa, 10/4/76

 

 

 

 

 

Redacção de O Protesto

 

14 de Outubro de 1876

 

Amigo e Companheiro Engels:

 

Escrevo-lhe à pressa porquanto não tenho um momento de mim.

 

Recebeu a minha última carta? Tem recebido regularmente o Protesto?

 

Envio-lhe o projecto de programa transitório do Partido Operário Socialista Português tal qual a comissão o apresentou para ser discutido. Dentro de um mês enviar-lhe-ei desse programa já discutido bem como a ordem do dia de um congresso que vamos celebrar.

 

Peço-lhe me mande a direcção do Conselho Geral, se a há, porque nós vamos entrar em funções regulares. Isto por aqui vai bem pelo menos quanto posso.

 

Mande-me dizer se recebeu algum exemplar do acordo tomado nas conferências comarcãs de Espanha. Eu estou traduzindo o exemplar que pude obter para enviar cópias aos círculos do partido para terem dele conhecimento. Se o amigo não tem eu mando tirar uma cópia e remeto-lha. Em vista do resolvido pelos operários espanhóis julgo que seria bem convocar uma conferência secreta, de delegados das diferentes federações para nos pormos de acordo no que havemos de fazer em vista da situação espanhola. Aquilo é sério amigo Engels.

 

Receba um apertado abraço do seu amigo e companheiro

 

A. Gneco

 

 

 

 

 

Lisboa, 21 de Janeiro de 1877

 

Querido Amigo:

 

O secretário encarregado da correspondência estrangeira não tem cumprido o seu dever (pelo que já foi demitido) e a mim tem sido impossível escrever-lhe. Por isso a resposta à vossa carta só a darei depois do congresso que há-de celebrar-se nos dias 2, 3 e 4 de Fevereiro. Com algum esforço ainda o congresso poderá receber as vossas felicitações e as dos amigos de Inglaterra.

 

Já escrevi em péssimo francês para a redacção do WoWart e para o Becker participando-lhe o congresso oficialmente.

 

Peço-lhe com a maior urgência que me remeta logo que sejam concluídas os resultados das eleições na Alemanha; os nomes dos eleitos, as terras por onde o foram, as profissões de cada um e, se puder, o número de votos a fim de dar notícia no Protesto e poder escrever um bom artigo de propaganda.

 

Tive notícias pelo Bulletin Jurasienne que o Conselho geral fizera solenemente a sua dissolução bem como a da Internacional. Entristecem-me essas notícias.

 

Estou surpreendido com as declarações feitas por De Paepe no Congresso de Bern, relativas ao movimento belga e holandês; e por não terem concorrido a este Congresso ingleses e americanos.

 

Pelas actas, que tenho presentes, parece deduzir-se que no Congresso só forem apresentadas duas agrupações operárias de alguma valia, a italiana e a espanhola; uma de aparente importância, a jurasiana; de uma fantasmagória, a francesa; e duas agonizantes, a belga e a holandesa.

 

Se este não foi o último Congresso deles (3) foi pelo menos uma declaração de nulidade.

 

Nós por aqui vamos lutando com muitas dificuldades e eu sinto-me cada vez mais esgotado. Contudo, enquanto me puder manter, trabalharei com ardor pelas nossas comuns ideias.

 

Receba um abraço o creia na amizade única do seu amigo

 

Azedo Gneco

 

 

Nota: Talvez receba uma carta de recomendações passada em nome do Conselho. O indivíduo recomendado não nos pertence, pelo contrário, é um inimigo declarado, e no Arsenal do Exército onde é aparelhador anda sempre metendo a ridículo o movimento. Ultimamente foi comissionado pelo Governo português com a gratificação de meia libra por dia para ir à Inglaterra comprar armas ou coisa semelhante e nesta ocasião com o intuito de escarnecer dos nossos companheiros, dirigiu-se a eles pedindo-lhe uma carta de recomendação para Londres, tendo primeiro convidado para nos (...............) alguns dos seus amigos. Os nossos companheiros que conheceram a cilada, prontificaram-se logo a satisfazer o pedido daquela monta e vieram ter comigo para esse fim; escrevendo-lhe uma carta de recomendação para o amigo. Se o tal sujeito o procurar deslumbre-o quanto puder para que quando voltar para cá julgar que as associações operárias são mais numerosas que os habitantes do mundo e que possuem mais riqueza que toda a criada e por criar.

 

 

(*) Eudóxio Azedo Gneco (1849-1911), gravador na Casa da Moeda, apesar das suas evidentes falhas de carácter (egocentrismo, manobrismo, oportunismo, etc.), bem evidentes, aliás, nestas cartas, foi a figura mais marcante do socialismo português em todo o período da monarquia constitucional. Esteve associado ao Centro Promotor do Melhoramento das Classes Laboriosas (CPMCL), antes de ser um dos fundadores da Fraternidade Operária, da secção portuguesa da A.I.T., da Associação 18 de Março, da Associação dos Trabalhadores na Região Portuguesa (ATRP), do Partido Socialista, do Partido Socialista Operário Português (POSP) e do Partido Socialista Português (PSP). Foi redactor nos jornais ‘O Protesto’, ‘A Federação’ e ‘A República Social’. Representou os socialistas portugueses no Congresso da Internacional Socialista reunido em Londres em 26-27 de Julho de 1896. O texto destas cartas segue o estabelecido em César de Oliveira, ‘13 Cartas de Portugal para Engels e Marx’, Iniciativas Editoriais, Lisboa, 1978. Os originais estão depositados nos arquivos do Instituto Internacional de História Social de Amsterdão. As notas são também da responsabilidade de César de Oliveira.

 

 

 

 

 

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NOTAS:

 

(1) Azedo Gneco exagera obviamente neste número fantástico de 20 000 trabalhadores organizados.

 

(2) Outro exagero seguro de Azedo Greco. Não encontrámos referências por tão grande número de greves no período referido por Gneco.

 

(3) Referência à fracção expulsa em Haia (anarquistas) e que continuou organizada separadamente durante certo tempo.